Piometra

Saiba como diagnosticar a PIOMETRA

Piometra é o nome mais comum que se dá as afecções uterinas causadas pelo crescimento excessivo do endométrio (camada interna do útero) acompanhadas de infecção bacteriana. Geralmente caracteriza-se pelo acúmulo de muco ou pus no interior do útero, provocando dor e outros sinais clínicos de acordo com a gravidade. 

Classifica-se em dois tipos: aberta e fechada. A piometra aberta acontece quando a cérvix (colo do útero) está aberta e a secreção acumulada extravasa pelo canal vaginal. Quando a cérvix está fechada, diz-se que é um caso de piometra fechada, isto é, o líquido fica todo preso no interior do útero. É geralmente mais grave, pois o acúmulo intenso aumenta a intoxicação do animal (pelas toxinas das bactérias presentes) e favorece o aparecimento de septicemia (infecção generalizada).

Ocorre no período do ciclo estral (fase reprodutiva) chamado de diestro, onde há uma combinação dos hormônios femininos, estrógeno e progesterona, associados à presença de bactérias. Esses hormônios combinados, potencializam o efeito nos tecidos reprodutivos, o que resulta em alterações uterinas as quais promovem um ambiente propício para a proliferação bacteriana. 

Muitas vezes, a infecção tem participação de organismos de origem urinária ou fecal, principalmente Escherichia coliStaphylococcus sp., Citrobacter koseri, Enterobacter cloacae, Enterobacter faecalis, Eduardsiella sp e Klebsiella pneumoniae.

A piometra acomete mais comumente cadelas intactas do que as gatas. Algumas raças podem ser predispostas a piometra, como RottweilerGolden RetrieverCollieSão BernardoChow Chow, Mini Schnauzer, entre outras. É mais comum acometer gatos domésticos de pelo curto e os Siameses do que outras raças.

Ocorre em cadelas e gatas inteiras mais velhas (7 a 14 anos), entretanto pode ocorrer em animais mais jovens que receberam estrogênio (cadelas) ou progestinas (gatas) exógenos (anticoncepcionais). As cadelas nulíparas (fêmeas que nunca pariram) apresentam um risco de piometra moderadamente maior do que as cadelas primíparas (fêmeas que pariram uma vez), mas este achado não é consistente com as raças em risco.

A doença ocorre semanas após o estro (cadelas 4 a 8 semanas e gatas 1 a 4 semanas), posterior à aplicação de injeções com a finalidade de evitar gestação após acasalamentos indesejáveis ou administração exógena de estrogênio ou progestinas.

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